Geração de renda: como voluntários podem ajudar a melhorar a vida das pessoas

Dinheiro na mão é sempre bom, mas há muita gente que, por uma série de motivos, não tem o suficiente para sustentar sua família. Por outro lado, diversos projetos sociais ajudam quem mais precisa a gerar algum tipo de renda, dando aquele gás no orçamento doméstico (aliás, de acordo com uma pesquisa do Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial, o CBVE, ao lado de iniciativas educacionais, as de geração de renda são as mais comuns em ONGs).

Então, que tal reunir a galera e fazer o que um voluntário mais sabe fazer? Vamos ajudar ONGs e projetos sociais que ajudam a gerar renda para quem mais precisa?

Para te dar um empurrãozinho, fizemos uma lista de cinco iniciativas legais que podem te inspirar a colocar a mão na massa. E ainda damos algumas ideias de como dar força para quem quer gerar renda para a família.

Rede Asta

Este projeto pega sobras de materiais de campanha de grandes empresas e as transforma em roupas e acessórios. Tudo é produzido por artesãs e costureiras de comunidades de baixa renda do Rio de Janeiro. Os produtos são vendidos online, na loja física da ONG e para os próprios doadores de materiais, que veem, por exemplo, banners se transformarem em brindes para seus clientes. Os recursos são repassados às trabalhadoras e/ou reinvestido na própria iniciativa.

Passa no site da entidade e dá uma olhada! Você pode comprar algo ou realizar uma ação com sua empresa, por exemplo, após um grande evento. Todos ganham!

Coopa-Roca

Nascido na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, a ação já se expandiu para outras regiões da cidade. Sua ação consiste em reaproveitar sobras de tecidos de grandes confecções para elaborar produtos de boa qualidade com a mão de obra de costureiras de comunidades cariocas, que podem trabalhar na sede da cooperativa ou mesmo em casa. Toda a renda é revertida para as trabalhadoras e para o projeto. Quer dar uma força? Passa no site da Coopa-Roca e veja o que elas estão fazendo. Tem cada coisa linda!

Instituto Maria do Barro

Outra iniciativa legal fica em Planaltina, no Distrito Federal. O Instituto Maria do Barro nasceu há quase trinta anos a partir do desejo de sua fundadora, Maria Augusta Erich de Menezes, que ficou conhecida como Maria do Barro, de ensinar artesanato a qualquer pessoa. As aulas rapidamente viraram conhecimento, fonte de renda e de autoestima, pois além de dinheiro, seus alunos ganhavam trabalho e dignidade. Trinta anos depois de sua fundação, a ONG continua aberta a todos, mas ampliou seu foco para tecelagem, atendendo homens e mulheres de várias idades. Recentemente, voluntários se uniram para doar um forno, que a ajuda na produção. As obras são vendidas em feiras de Brasília. Dá uma olhada no que eles andam fazendo na página deles no Facebook.

Potencializando a Geração de Renda

Iniciativa nascida em Curitiba, a partir do trabalho voluntário de uma assistente social em uma escola da cidade, voltada para alunos com deficiência intelectual. Envolta em melhorar as condições da instituição de ensino, Danielle Frumento decidiu fermentar a padaria local, até então voltada para a produção de pães para as crianças. O primeiro passo foi convidar as mães a venderem os produtos, mas logo se viu que o que elas de fato precisavam é de um trabalho que lhes proporcionasse renda.

Assim, iniciou oficinas de panificação, que, nos quatro primeiros anos, já acolheram cerca de 300 pessoas, a maior parte familiares dos estudantes. A iniciativa conta com ajuda de voluntários, que dão cursos e proporcionam recursos para a manter o projeto vivo. O trabalho deu tão certo que o Sindicato de Panificação de Curitiba passou a assinar o certificado de conclusão do curso.

Quer provar um pouco dessa experiência? Veja um pouco no vídeo abaixo, que é apoiado pela Natura


Sacola Tropical

Uma sacola bonita para ir a feira, quem não quer? Foi pensando nisso que surgiu o projeto Sacola Tropical, que emprega 17 costureiras da comunidade da zona sul da capital paulista, para produzir bolsas feitas de polietileno. O negócio social se encarrega de fornecer a matéria-prima para as trabalhadoras, que atuam de casa e recebem por produção. Além disso, recebem aulas de manipulação de materiais, costura e design, para poderem não só reproduzir, como criar suas próprias modas.

As vendas acontecem em feiras de São Paulo, em algumas lojas, pelo Instagram e pelo Facebook. Renda para uns, cor na vida de outros!


Como Ajudar?

Depois de conhecer tantos projetos interessantes, que tal pensar em algumas formas de ajudar iniciativas como essas? Além de consumir produtos vendidos pelas instituições, você e seus colegas de voluntariado podem se organizar para dar uma força.

Por exemplo:

Aplicando conhecimentos na melhoria do trabalho das instituições 

Muitas delas desenvolvem ações na base da vontade, então um suporte em termos de ideias de administração de negócio e marketing pode fazer a diferença.

Promovendo bazares 

Algumas ONGs vendem produtos apenas em sua sede ou em pequenos mercados. Se aumentar a demanda, a renda do pessoal também cresce, logo, organizar bazares e feiras em outros locais pode ser uma boa saída.

Estabelecendo parcerias

Como visto no exemplo da Rede Asta e da Coopa-Rooca, sobras de produção que iriam para o lixo poderiam ser reaproveitadas. Fique atento a quais lixos podem virar dinheiro para quem precisa!

Captação de Recursos

O caso do Instituto Maria do Barro mostra como uma ajuda externa faz toda a diferença no dia a dia de uma instituição. Lá, voluntários doaram um forno para melhorar o trabalho das artesãs. Procure projetos sociais interessantes de geração de renda e converse pessoas a sua volta (e, claro, com quem coloca a mão na massa). Uma vaquinha para comprar máquinas, por exemplo, pode ajudar muito!

Priorizando os Pequenos

Na hora de planejar compras para o seu setor, considere fornecedores participantes de negócios sociais. Talvez seja um pouco mais caro, porém, existe a certeza de ajudar a quem precisa!